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Ep. 103 Jorge Gonçalves – Mapas de biodiversidade ajudam a conhecer as espécies que habitam o mar do Algarve

April 13, 2017

ep103_interiorO mapeamento do fundo marinho ao longo da costa algarvia não só permite conhecer que espécies se podem encontrar por ali, como também analisar a saúde ecológica das comunidades de peixes, algas, bivalves e outros seres vivos que ali habitam.​


Jorge Gonçalves, investigador do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve (UAlg), tem desenvolvido ao longo dos anos mapas de biodiversidade marinha com o objetivo de identificar e estudar as diversas comunidades de organismos marinhos que habitam a nossa costa.

“Produzimos mapas de biodiversidade marinha que são precisamente o demonstrar espacial das comunidades biológicas dos principais habitats da nossa costa. O objetivo principal destes mapas é saber o que temos, quanto é que temos – pois também há esta possibilidade de quantificar as diferentes espécies – e onde é que existem estas espécies e estas comunidades”, resume.

Para o fazer, Jorge Gonçalves vai para o mar. Com a ajuda de mapas antigos, com informação sobre a profundidade da água e os tipo de fundo, a sua equipa recorre a arrastos, ou dragas, para ver o que se esconde nas areias e nas vazas do fundo marinho. “Vamos com cientistas especialistas em taxonomia fazer mergulho científico na parte rochosa e, para ir mais longe, utilizamos câmaras de vídeo de alta definição, muitas vezes associadas a robots, os chamados ROVs, e vamos mais fundo para determinar que espécies existem dentro das comunidades biológicas.”

Recolhida esta informação, ela é reunida num sistema de informação geográfica que vai depois desenvolver um mapa de biodiversidade. Segundo Jorge Gonçalves, estes mapas permitiram fazer um dos maiores inventários nacionais e europeus da flora e fauna subaquáticas e marinhas.

A protecção de espécies em sobreexploração, e a gestão dos recursos marinhos são os principais objetivos deste mapeamento: “O objetivo principal é sabermos os sítios do nosso território que são mais valiosos em termos de biodiversidade para precisamente podermos protegê-la, de forma a conciliar as outras atividades humanas que se operam no mar e que operam nessas áreas, para termos uma gestão sustentável dessas atividades com vista à conservação da biodiversidade marinha”.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedIn | ResearchGate | CCMAR

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