Controlar o crescimento de tumores frequentes em mulheres, como o cancro do colo do útero, é o objetivo desta investigação.
Olga Martinho é investigadora do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho (UM) e estuda mecanismos de combate ao cancro do colo do útero.
Baseando-se na sobre expressão de uma proteína presente no cancro da mama, a HER2, a investigadora começou por tentar perceber se essa proteína também existe noutros tipos de tumores frequentes em mulheres, como é o caso do cancro do colo do útero. “Efetivamente existe, mas a boa notícia é que pelo facto de ter essa proteína, como acontece no cancro da mama, nós podemos oferecer-lhe uma abordagem terapêutica bastante eficaz, porque existem fármacos que são usados para inibir essa proteína”.
Este estudo verificou que a terapêutica é eficaz também no cancro do colo do útero, no entanto “um dos problemas atuais na medicina personalizada em oncologia é a aquisição de resistência neste tipo de terapias”. Como tal, um dos principais objetivos de Olga Martinho é encontrar mecanismos que os tumores possam adotar para se tornarem resistentes a essas terapias e com isso desenvolver estratégias que controlem essa resistência.
Propondo a utilização do fármaco Lapatinib, inibidor da proteína HER2, a cientista percebeu que conseguia controlar o crescimento do tumor mas que as células começavam a consumir glucose, tornando-se por isso resistentes ao fármaco. Assim sendo, aquilo que a investigadora propõe no seu trabalho é “atacar em duas frentes logo desde o início, uma terapia combinada de Lapatinib com inibidor de glucose” que vai garantir que o tumor esteja estável, regrida e se mantenha estável sem progressão durante muito mais tempo.
Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | Researchgate | ICVS