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Ep. 117 António Jacinto – Avanços biotecnológicos ajudam na terapia de inflamações do esófago

May 03, 2017

ep117_interiorEste projeto está a testar fármacos capazes de melhorar a atividade dos genes responsáveis pelo fecho de feridas dos epitélios simples. Estes desenvolvimentos biotecnológicos vão poder atuar sobre feridas ao nível celular e ajudar no tratamento de doenças como inflamações do esófago.​


António Jacinto, investigador no CEDOC – Centro de Estudos de Doenças Crónicas e na NOVA Medical School (NMS), é o responsável por este projeto que em cooperação com a empresa portuguesa Thelial, está a desenvolver novos fármacos para o tratamento de feridas ao nível celular.

“Este projeto tem como objetivo encontrar fármacos que possam facilitar o fecho de feridas nas quais as junções de oclusão não estejam a funcionar tão bem. A função das junções de oclusão é manter as células ligadas umas às outras e regular a permeabilidade dos epitélios”, explica.

O grupo de António Jacinto estudou uma classe de genes que codificam as proteínas que constituem as junções de oclusão. Segundo o investigador, estes genes chamaram particularmente à atenção por terem um efeito muito importante no fecho das feridas: “O facto de esses genes serem tão importantes levou-nos a pensar que poderíamos talvez desenvolver alguma aplicação para fins terapêuticos utilizando como alvo terapêutico estas proteínas.”

Este projeto financiado por uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC) beneficiou de uma parceria com a Thelial, uma empresa de biotecnologia portuguesa que tem um conjunto de fármacos que podem ter uma função na melhoria das junções de oclusão.

“O objetivo do projecto é testar os fármacos que eles [Thelial] já identificaram nos nossos modelos de fecho de feridas epiteliais e no fim deste ano esperaremos ter informação suficiente que nos diga se estes fármacos são ou não potenciais agentes terapêuticos para esofagites, inflamações no esófago e outras doenças relacionadas com problemas em epitélios simples”, conclui.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedIn | ResearchGate | CEDOC

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