Estudos epidemiológicos tentam perceber qual é a taxa de infeção da leishmaniose e pretende criar medidas de combate à doença em Portugal.
Carla Maia é investigadora no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa (NOVA) e estuda na área da leishmaniose.
“A leishmaniose é uma doença causada por um parasita que é transmitido por um inseto cujo nome é Phlebotomus”, explica. Trata-se de um inseto de pequenas dimensões e que afeta tanto o cão, que é o animal mais afetado, como o ser humano. Nos cães, os sinais clínicos mais comuns “são alterações na pele, emagrecimentos, algumas hemorragias e aumento dos gânglios linfáticos”, afirma Carla Maia. No ser humano, a doença “afeta os órgãos internos, o fígado, o baço, a medula óssea e normalmente as pessoas queixam-se de terem febres cíclicas”, que vão e vêm, e que não baixam mesmo utilizando medicamentos para o efeito.
Em Portugal, o estudo foi realizado no Observatório Nacional das Leishmanioses e concluiu que a prevalência da doença canina a nível nacional é de seis por cento, “havendo algumas regiões, nomeadamente do interior de Portugal onde a prevalência chegou aos 16%, o que significa 110 mil cães infetados com o parasita”, informa a investigadora.
No IHMT são feitos estudos epidemiológicos por inquéritos para se tentar perceber qual é a taxa de infeção por Phlebotomus. O objetivo é “criar depois medidas de vigilância epidemiológica para tentar controlar a doença em Portugal”, explica Carla Maia.
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