Com aplicações na medicina regenerativa de tecidos celulares afetados por doenças como a diabetes, as doenças maculares da retina, ou a insuficiência cardíaca, as células estaminais pluripotentes são hoje usadas em diversos ensaios clínicos com o objetivo de desenvolver novas terapias contra estas doenças.
Margarida Serra, investigadora no Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), está a desenvolver estratégias para a produção de células estaminais humanas e diferenciação em cardiomiócitos que possam ser usados no tratamento da insuficiência cardíaca.
“A minha investigação centra-se no desenvolvimento de estratégias para a produção de células estaminais que são células muito atrativas para uso em terapia, uma vez que têm a capacidade de se autorrenovar e diferenciar em células de diferentes tipos de tecidos, o que faz com que sejam bastante promissoras não só para a área da terapia celular como também para outras áreas da medicina regenerativa”, explica.
Segundo a investigadora, estão a decorrer neste momento cinco ensaios clínicos com o objetivo de usar as células estaminais para o tratamento de diabetes, doenças maculares na retina, no tratamento de doentes paraplégicos para correção da espinal medula, e no tratamento de doentes com enfarte do miocárdio.
O grupo de Margarida Serra tem alguns projetos em curso no iBET em colaboração com outros laboratórios nacionais mas também com laboratórios internacionais, como é o caso do MIT Portugal e da Harvard Medical School, e, de acordo com a investigadora, estes projetos consistem no desenvolvimento de estratégias para produção de células estaminais humanas e diferenciação em cardiomiócitos que são células do tecido muscular que podem ser usadas depois para terapia para o tratamento de insuficiência cardíaca promovendo a regeneração do tecido cardíaco.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | iBET