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Ep. 145 Teresa Caldeira – Novo método de diagnóstico permite identificar a presença de microrganismos em obras de arte

June 12, 2017

ep145_interiorCom recurso a sondas florescentes esta metodologia permite identificar, de forma pouco invasiva, que organismos estão presentes numa obra de arte. O objetivo desta técnica é permitir uma rápida intervenção de restauro em obras atacadas por microrganismos biodeteriogénicos.


Teresa Caldeira, professora no Departamento de Química na Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora e investigadora do laboratório HERCULES, coordena uma linha de investigação dedicada ao estudo da biodegradação e da biodeterioração de obras de arte, e ao desenvolvimento de metodologias e de ferramentas bioanalíticas que possam ser utilizadas no restauro de património cultural.

“Um dos grandes problemas que se deparam com o estudo de bens patrimoniais é normalmente o tamanho das amostras e portanto precisamos de ter metodologias muito sensíveis que nos permitam a deteção de microrganismos. Para tal, é necessário que sem recolhermos grandes quantidades de amostra consigamos ter a perceção do tipo de microrganismos presentes”, conta.

Neste momento, a investigadora está a desenvolver metodologias, com recurso a sondas florescentes, que permitem ser aplicadas no local, ou em laboratório, recorrendo a amostras muito reduzidas. “Quando determinados grupos de microrganismos entram em contacto com estas sondas, essas amostras tornam-se florescentes e observando com uma luz ultravioleta ao microscópio é possível detetar a presença desses microrganismos de uma maneira relativamente fácil.”

Para Teresa Caldeira, o objetivo é que não especialistas possam vir a utilizar estas metodologias para detetarem qual o tipo de microrganismos que pode estar presente em obras de arte.

Desta forma será possível prever o tipo de deterioração que as obras de arte podem vir a sofrer, de modo a selecionar estratégias de mitigação direcionadas e consistentes, tendo em conta os grupos de microrganismos biodeteriogénicos que podem estar presentes nas obras em análise.

Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedInResearchGate | U. Évora

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