Este projeto tem como objetivo arranjar estratégias que permitam assegurar a qualidade das águas subterrâneas em Portugal, conservando de forma sustentável os aquíferos em risco de contaminação.
Catarina Roseta, investigadora no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, é economista do ambiente e estuda a gestão das águas subterrâneas.
“As águas subterrâneas são muito importantes no mundo, por exemplo posso dizer-vos que 25% da água utilizada em todo o mundo vem de águas subterrâneas e há zonas em que estas águas chegam a quase 90% de utilização”, explica a investigadora. Do ponto de vista económico, a água subterrânea é muito interessante por ser um recurso comum.
Vejamos o seguinte exemplo: se uma pessoa tiver um furo no seu terreno facilmente poderá pensar que a água que dali vem é um recurso seu e que pertence ao seu terreno. No entanto, de acordo com a investigadora, isso não é verdade “porque debaixo da terra há lençóis de água muito muito grandes e que portanto muitos furos estarão interligados”, explica. Ao retirar água do furo, o proprietário do terreno estará a afetar a água disponível nos furos dos seus vizinhos porque todos os furos estão interligados por um mesmo lençol de água.
Assim sendo, qual será a melhor forma de gerir este recurso? “Preocupa-nos a todos, e aos economistas em particular, tomar decisões no sentido de escolher políticas que façam uma boa gestão dos recursos das águas subterrâneas”, afirma Catarina Roseta Palma. Em Portugal, o principal desafio é “arranjar estratégias que permitam assegurar a qualidade das nossas águas subterrâneas, porque nós temos diversos aquíferos em risco, portanto temos diversos aquíferos com problemas de salinidade, com problemas de contaminação quer industrial quer agrícola, e creio que em Portugal temos de nos dedicar a desenhar políticas que consigam mitigar estes problemas”, conclui a investigadora.
Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | ISCTE
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