Este projeto estuda o impacto da infidelidade em 15 países diferentes com o objetivo de tentar perceber se as motivações para tal, assim como as épocas em que ocorre, são transculturais ou não.
Joana Arantes é docente e investigadora na Escola de Psicologia da Universidade do Minho (UM), coordena o grupo de investigação em psicologia evolutiva e estuda as motivações e o impacto emocional que a infidelidade tem nas pessoas.
“Os nossos estudos mostram que aproximadamente 25% das pessoas já tiveram pelo menos um relacionamento extraconjugal e que existem diferenças entre géneros, sendo que cerca de 40% dos homens e 20% das mulheres referem já ter traído”, refere a investigadora. Joana Arantes acrescenta ainda que “as mulheres tendem a trair mais emocionalmente do que os homens, e os homens mais sexualmente do que as mulheres”. Com o objetivo de perceber se o impacto da infidelidade é semelhante em vários países diferentes, o grupo de investigação está atualmente a realizar um estudo transcultural em 15 países diferentes.
Estudos anteriores desta equipa demonstraram que “as pessoas antes do verão e logo a seguir ao Natal tendem a ter, por exemplo, mais casos extraconjugais e também a ter um maior número de divórcios”, explica a investigadora. “As pessoas até ao natal vão mantendo o relacionamento que têm, mesmo que seja um relacionamento infeliz, porque não querem passar aquele natal divorciados, não querem depois ter de contar à família antes dessa época do ano que normalmente é uma época do ano de família”, continua Joana Arantes. O objetivo agora é perceber se este fenómeno se restringe apenas a Portugal ou se ocorre também a larga escala.
Saiba mais sobre a investigadora em: UM | ResearchGate
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