Projeto estuda a distribuição, estabilidade, densidade demográfica e zonas de impacto dos agentes periféricos da Inquisição.
Fernanda Olival é docente da Universidade de Évora (UÉvora), trabalha no Centro de Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedade (CIDEHUS) e estuda a rede de agentes periféricos da inquisição.
A inquisição “criou a partir da década de 1560-1580 uma rede de agentes periféricos que lhe permitia recolher denúncias, prender, efetuar interrogatórios para os seus processos e essa rede cresceu ao longo do tempo”, conta a docente. De acordo com a mesma, entre a década de 60 e 1773 a rede contava já com “17.600 agentes espalhados por Portugal Continental e pelo Império Atlântico e era socialmente atrativa”.
Os objetivos do projeto de Fernanda Olival é “conhecer a distribuição e a implantação da rede, analisar a estabilidade da rede e chegar a modelos estatísticos para representar a distribuição tendo em conta desde a densidade demográfica ao número de agentes por conselho”. Além disso, e porque esta rede de agentes se deslocava com frequência, a investigadora pretende analisar também o relevo e o impacto das zonas de influência, bem como “perceber porque é que esta rede era tão atrativa para determinados grupos e o que é que era o poder destes agentes periféricos”, conclui.
Saiba mais sobre a investigadora em: UÉvora | CIDEHUS