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Ep. 166 José Silva Cardoso – Projeto desenvolve método de telemonitorização de pacientes com insuficiência cardíaca

July 11, 2017

ep166_interiorManter os pacientes ativos e motivados na partilha do seu estado de saúde é o principal desafio deste projeto que está a desenvolver um sistema de monitorização não invasiva para pacientes que sofram de insuficiência cardíaca.


José Silva Cardoso, cardiologista e coordenador do Grupo de Investigação G2 – CardioCare do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), é o líder deste projeto que ambiciona encontrar uma alternativa aos métodos atuais de monitorização à distância dos pacientes que sofrem com esta doença.

Com 380 mil doentes em Portugal, a insuficiência cardíaca é a principal causa de internamento no nosso país. Esta doença que afeta sobretudo a população idosa é caracterizada por uma falha na capacidade do coração em bombear sangue para todo o organismo. Segundo José Silva Cardoso, há uma acumulação de líquido dentro do nosso organismo que pode conduzir à morte do doente.

“A hospitalização por insuficiência cardíaca não ocorre subitamente. Antes do doente chegar a um ponto crítico de desequilíbrio que obriga ao internamento há, nos dias ou semanas anteriores, uma acumulação de líquidos que depois se nada for feito, leva então ao internamento”, explica.

Segundo o cardiologista, hoje em dia está em cima da mesa a utilização de métodos de telemedicina para monitorizar o estado de saúde dos pacientes com insuficiência cardíaca. Desta forma, será possível agir preventivamente a partir do momento que estes comecem a ter sinais de agravamento do seu estado de saúde.

O grupo de José Silva Cardoso trabalha sobre o conceito de telemonitorização, que se baseia num sistema em o doente em casa possui uns sensores que procuram detetar a acumulação de líquido típica desta doença.

“Isso é transmitido à distância para um grupo de tratadores médicos ou enfermeiros que, tendo como base os dados transmitidos, transmitem instruções aos doentes que podem ser desde alterar a sua medicação em casa, vir à consulta precocemente e fazer tratamento na consulta, ou no hospital de dia, ou até mesmo vir à consulta e ser internado”, conclui.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedinResearchgate | CINTESIS 

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