Esta investigação acompanhou um grupo de grávidas durante a gravidez e até ao primeiro ano de vida do bebé com o objetivo de identificar o efeito da amamentação na redução da depressão pós-parto.
Bárbara Figueiredo, investigadora no Centro de Investigação em Psicologia (CIPsi) da Universidade do Minho (UM), verificou uma redução dos sintomas de depressão nas mulheres que amamentavam e que já se encontravam deprimidas durante a gravidez.
“Este projeto vem na sequência de uma investigação anterior que dava indicações de que podia haver uma associação entre a amamentação e a depressão. Realizámos um estudo longitudinal com uma amostra grande de mulheres, durante a gravidez”, explica.
As mulheres foram monitorizadas três vezes durante a gravidez, na altura do parto, aos três meses e ao ano de vida do bebé. Segundo Bárbara Figueiredo, foi verificado que as mulheres que estavam deprimidas na gravidez tinham um risco acrescido de estarem deprimidas no pós-parto. No entanto, no caso de elas amamentarem esse risco estava diminuído. “De alguma forma a amamentação moderava o efeito da depressão do pós-parto”, afirma.
“Encontramos que associado à amamentação, pelo menos durante os primeiros três meses, encontrava-se uma diminuição dos valores de depressão. Aliás, os valores de depressão diminuem do parto para o pós-parto, mas essa diminuição era mais significativa no caso das mães que tinham iniciado a amamentação”, conclui.
Para a investigadora, este é um dado importante pois demonstra que a amamentação não só traz benefícios para o desenvolvimento e o bem-estar do bebé, mas que também tem vantagens para o bem-estar físico e psicológico da própria mãe.
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