Projeto estuda a origem e o comportamento dos boatos dentro de vários grupos profissionais.
João Paula é investigador da Universidade de Évora (U. Évora) e estuda a origem dos boatos na perspetiva de intragrupos. Começou por selecionar três grupos profissionais – um de técnicos superiores, um de enfermeiros e outro de professores universitários -, e foi perceber o que significavam os boatos e como começavam dentro de cada um destes grupos.
“O boato nestes grupos inicialmente é um segredo, acaba por ser uma verdade inconversável que se diz entre duas pessoas, três, quatro, um grupo restrito e depois então é que, pela natureza da mensagem, acaba por ser replicado e acaba por se espalhar e por se disseminar”, explica, ainda que inicialmente se queira manter confinado àquele grupo restrito de pessoas. João Paula conseguiu perceber que nestes ambientes os boatos são importantes porque acabam por se tornar um “aspeto simbólico até de coesão” ao grupo.
Ainda assim, os boatos acabam por ser banalizados até pelo próprio grupo porque “normalmente o boato foca-se muito numa pessoa, e focando-se numa pessoa, todos os elementos desse grupo têm de conhecer a pessoa, ou então se não for um contacto inteiro pessoal, pelo menos saber quem é a pessoa”, explica o investigador.
Saiba mais sobre o investigador em: ResearchGate
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