À semelhança dos seres humanos, também o parasita Tripanossoma, responsável pela doença do sono, tem noção do tempo do dia. Como funciona este relógio biológico e para que serve são as perguntas a que esta investigação quer dar resposta.
Luísa Figueiredo é investigadora do Instituto de Medicina Molecular (iMM) da Universidade de Lisboa (UL) e estuda o parasita responsável pela doença do sono.
“Esta doença é provocada por uma parasita com um nome pomposo, chamado Tripanossoma, e no nosso laboratório estudamos estratégias que os parasitas, e este em particular, utilizam para conseguir estabelecer e manter uma infeção numa pessoa ou numa vaca durante às vezes muitos anos”, esclarece a investigadora. Atualmente ainda não existe nenhuma vacina para a doença do sono e por isso é que se torna tão importante conhecê-la e às estratégias dos parasitas responsáveis pela mesma.
Há pouco tempo a equipa descobriu que o parasita, tal como os seres humanos, têm a noção de tempo e do dia. Desta forma, o interesse da equipa focou-se em responder a duas perguntas: Porque é que o parasita tem esta relógio, para que serve e qual a sua vantagem para o parasita? E como é que o relógio funciona? “Ao sabermos como é que este relógio funciona conseguimos definir e desenvolver experiências no laboratório que nos permitam manipular o parasita de forma a que não tenha esse relógio, e ao não o ter é que conseguimos perceber qual é o impacto numa infeção e depois poder responder à primeira pergunta”, explica Luísa Figueiredo.
Saiba mais sobre a investigadora em: iMM
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