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Ep. 200 Antonieta Cunha e Sá – Conversão de terrenos na fronteira de zonas urbanas é um risco com consequências graves

August 28, 2017

ep200_interiorA conversão de terrenos na fronteira de zonas urbanas e não urbanas para desenvolvimento ou para agricultura podem ter um impacto negativo no ambiente e na ecologia do local, podendo tornar-se mesmo um processo irreversível no que se refere ao uso da terra.


Antonieta Cunha e Sá é docente da NOVA School of Business and Economics (NOVA SBE) da Universidade Nova de Lisboa e trabalha num projeto relacionado com as questões da conversão do uso da terra na fronteira entre a região urbana e não urbana.

Este problema é importante “porque de facto estas regiões de fronteira são áreas que sofrem uma grande pressão de desenvolvimentista que tem que ver com razões não só de crescimento populacional, de aumento de rendimento, como também de algumas falhas de mercado”, justifica a docente. Face a esses fatores, um proprietário que tenha uma parcela de terra e que explore madeira nessa região, acaba por ter um grande incentivo para converter a terra.

No entanto, estas conversões têm consequências importantes não só a nível da natureza e da ecologia como a nível económico e social. Por outro lado, “também torna mais difícil a existência de vida selvagem nessas regiões, há destruição de habitat, aumenta o risco de incêndio, tem impacto na qualidade do ar, na qualidade ambiental, portanto há de facto muitos aspetos negativos de muitas naturezas associadas à destruição ou à conversão da terra”, alerta Antonieta Cunha e Sá. Esta conversão pode ser feita para desenvolvimento urbano ou até industrial, ou para agricultura. No primeiro caso, a conversão do terreno torna-se irreversível: “Há aqui uma natureza de irreversibilidade que torna o problema ainda mais complexo ou mais grave, digamos assim”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: NOVA SBE | ResearchGate

 

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