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Ep. 203 Hélder Araújo – Como ensinar um robot a ver? Tudo começa nos sensores

August 31, 2017

ep203_interiorOlhos de insetos como as abelhas e as borboletas, e de animais como os peixes ou as aves, são a fonte de inspiração para este estudo que desenvolve sistemas de visão robótica que ajudam os robots a navegar e a mover-se de forma autónoma.


Hélder Araújo, investigador do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra (UC) e professor no Departamento de Engenharia Eletrotécnica da Faculdade de Ciências e Tecnologias (FCT UC) da mesma universidade, baseia a sua investigação em sistemas catadióptricos de visão não-centrais, ou seja, sistemas de visão baseados em redes de espelhos, como as objetivas de uma máquina fotográfica ou as lentes de um telescópio.

“Um robot precisa de saber onde está, precisa de saber por onde deve ir e precisa de encontrar ou de determinar a localização dos obstáculos. Um sensor que lhe dá essa informação de forma relativamente fácil são os sensores visuais, ou seja sensores que captam a imagem na região do visível. Esses sensores permitem ao robot, reconhecendo o local onde está, saber onde está, e podem também permitir ao robot determinar a localização dos obstáculos fazendo ou não a reconstrução 3D dos obstáculos. É um instrumento, ou é um sensor essencial para a navegação dos robots”, explica.

Ter imagens permite ao robot reconhecer objetos, manipular e caracterizar esses objetos. Hélder Araújo reforça o seu atual foco em sistemas de visão não-centrais e em particular sistemas catadióptricos não-centrais. “Normalmente, em termos práticos serão sistemas constituídos por câmaras que olham para imagens de espelhos. Uma câmara equipada com uma lente fish eye, ou pode ser por exemplo uma câmara light field ou de campos de luz. Estes sistemas são sistemas que têm algumas características quer radiométricas, quer geométricas interessantes e que têm várias aplicações em visão robótica para sistemas de navegação e localização de robots e também em outras aplicações onde a extração da informação das imagens possa ser relevante para uma determinada aplicação”, acrescenta.

Estes sistemas inspirados na natureza permitem desenvolver a visão robótica ao ponto de melhorar os processos de automação e de tomada de decisão por parte dos robots.

Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | UC | ISR

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