Projeto utiliza conhecimentos e princípios de eletroquímica para a reutilização de efluentes da indústria têxtil.
Ana Carreira Lopes é investigadora do Centro de Materiais Fibrosos e Tecnologias Ambientais (FibEnTech) da Universidade da Beira Interior (UBI), tem um Doutoramento em Eletroquímica e hoje em dia aplica os seus conhecimentos dessa área ao ambiente.
“O meu trabalho está relacionado com a aplicação de processos eletroquímicos para degradar a carga orgânica de diferentes tipos de efluentes”, explica a investigadora. A este nível, Ana Carreira Lopes e a equipa já obtiveram resultados interessantes com os lixiviados de aterros sanitários, inclusivamente têm já uma patente em fase de concessão.
Outra aplicação em que a investigadora tem focado a sua atenção é na indústria têxtil, mais especificamente na reutilização de efluentes da tinturaria. “O processo de tingimento envolve a utilização de corantes e de sais inorgânicos, e através da oxidação anódica nós conseguimos eliminar o corante que não foi utilizado no tingimento para uma posterior utilização desse efluente enquanto os sais se mantêm em solução”, explica a investigadora.
Desta forma, em caso de reutilização do efluente, deixa de haver necessidade de nova adição de sais. Mas este não é o único elemento a ser reutilizado neste processo. Também a água utilizada, fundamental na indústria têxtil e “sobretudo nos processos de tingimento que utilizam grandes quantidades de água”, pode ser reaproveitada. Assim, todo o processo se torna muito mais barato.
Saiba mais sobre a investigadora em: UBI | DeGóis | LinkedIn
Related Episodes
