Projeto estuda o mecanismo utilizado pelas células do sarcoma para se tornarem mais invasivas e com maior capacidade de metástases.
Eda Machado é investigadora do St. Jude Children's Research Hospital, em Memphis, Tennessee, Estados Unidos da América, e estuda o mecanismo que as células do sarcoma, um tipo específico de cancro, utilizam para se tornarem mais invasivas e metastisarem.
“Este mecanismo depende da acumulação de substratos de uma enzima específica chamada Neuraminidase 1 (NEU 1) nos lisossomas, que são pequenos organelos celulares quase como uns mini estômagos da célula”, esclarece a investigadora. Quando há grande acumulação de substratos que estas enzimas NEU-1 não conseguem processar, a célula fica doente.
Com a acumulação do substrato específico LAMP-1 os lisossomas são capazes de secretar o seu conteúdo rico em enzimas num ambiente que rodeia as células. Estas enzimas vão, por sua vez, degradar o meio envolvente do cancro e ajudar as células cancerígenas a migrarem e a metastisarem. Para além disso, também vão fazer com que as células se tornem resistentes às drogas quimo terapêuticas, drogas estas que se acumulam nos lisossomas. “Como as drogas são expelidas para fora da célula, reduz a sua eficácia”, conclui Eda Machado.
Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | ResearchGate
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