Metodologia de “semáforo” dá informação sobre o nível de felicidade e saúde dos trabalhadores das empresas e permite a formulação de um plano que aumentará a rentabilidade do negócio.
Carlos Fernandes da Silva é professor na Universidade de Aveiro (UA), no Departamento de Educação e Psicologia (DEP) e investigador membro do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e estuda o impacto que os fatores psicossociais têm na rentabilidade das empresas.
De acordo com o investigador, começou a surgir uma grande preocupação junto de vários países e até mesmo dentro da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da própria Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre os fatores psicossociais do trabalho. Estes fatores incluem a rede de suporte de família, a rede de suporte social e o clima de suporte social das empresas, entre outros, e têm “uma implicação enorme na rentabilidade das empresas e no bem-estar e saúde dos trabalhadores, e isto é importantíssimo porque todos os estudos mostram que investir um euro na melhoria dos fatores psicossociais numa empresa tem o retorno de 16 euros, isto é muito importante”, justifica Carlos Fernandes.
O trabalho dos investigadores passou por estudar o questionário Copenhaga dos fatores psicossociais, conhecido como CopSoc2, que lhes permitiu fazer uma avaliação direta do clima psicossocial dos trabalhadores de qualquer instituição ou empresa. “Um investigador nosso, Pedro Bem Haja, teve uma ideia brilhante que foi desenvolver uma metodologia de semáforo, ou seja, para cada item que é identificado como problemático nos fatores psicossociais, aparece um gráfico a cores com verde, amarelo e vermelho e que nos diz se esse indivíduo está bem, se está em estado de alerta ou se está mesmo em perigo nos fatores psicossociais”, explica.
Assim, em função do resultado deste semáforo é possível fazer planos de intervenção que, através da medicina do trabalho, podem ser implementados em várias empresas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a saúde dos trabalhadores. Consequentemente, ter trabalhadores mais saudáveis e mais felizes resultará em um aumento da rentabilidade da empresa.
Saiba mais sobre o investigador em: DeGóis | CINTESIS | UA
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