Esta equipa de investigação foi desafiada pela empresa desportiva Decathlon a desenvolver um fato de banho eficiente e que cumprisse os requisitos da Federação Internacional de Natação (FINA), a um custo acessível e competitivo.
Daniel Marinho, investigador do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD) da Universidade da Beira Interior (UBI), foca a sua investigação no desenvolvimento de equipamento desportivo com o objetivo de melhorar a performance dos atletas.
“Desde 2010 que a FINA colocou grandes restrições ao nível dos equipamentos desportivos utilizados pelos nadadores e como tal o fato de banho utilizado pelos nadadores foi bastante reduzido no seu tamanho”, explica o investigador. Ainda assim, as empresas que comercializam os fatos de banho continuam a inovar e a tentar melhorar os produtos. A Decathlon não foi exceção e tentou criar um fato de banho que pudesse ser comercializado a preços mais competitivos comparativamente a outras marcas. No entanto “eles precisavam de auxílio, de ajuda, para que esse equipamento fosse mais barato mas não deixasse de ter as características que o distinguem de um fato de banho vulgar e que permitem aumentar a eficiência do nado, nomeadamente através da redução da resistência hidrodinâmica que o nadador sofre”, conta Daniel Marinho.
Os efeitos compressivos que o fato cria no nadador permitem ajudar ao deslocamento do atleta de uma forma menos dispendiosa a nível energético. Como tal, a equipa avaliou e validou os modelos e só então entregou os resultados à empresa. “Portanto os fatos que estão neste momento no mercado posso dizer que têm um bocadinho o cunho do nosso centro de investigação e portanto em algumas propriedades que podem ter sido desenvolvidas com a nossa ajuda”, conclui.
Saiba mais sobre o investigador em: UBI
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