agricultura,
90 seg

Ep. 279 Joana Carvalho – EcoPROLIVE: Projeto reaproveita resíduos da produção de azeite para desenvolver novos produtos

December 18, 2017

ep279_interiorTendo como base uma política de zero resíduos, este projeto quer tornar mais eficiente o processo de produção de azeite, olhando também para o possível reaproveitamento destes resíduos com aplicações na indústria farmacêutica, na cosmética e na panificação.​


Joana Carvalho, coordenadora do Departamento de Investigação do CVR – Centro de Valorização de Resíduos e investigadora do Departamento de Engenharia Mecânica Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais (CT2M) da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), no Pólo de Azurém em Guimarães, representa o CVR no EcoPROLIVE, um projeto europeu financiado pelo Horizonte 2020.

O projeto EcoPROLIVE é um projeto que visa a exploração plena dos constituintes de elevado valor acrescentado presentes na azeitona e que tem como objetivo integrá-los em produtos originais que sejam simultaneamente mais saudáveis e verdes.

Segundo Joana Carvalho, trata-se de um projeto que inclui um processo inovador que é constituído por duas fases, sendo que a primeira fase visa a extração do azeite utilizando três novos processos, com remoção do caroço, campos elétricos pulsados e secagem, e uma segunda fase que passa pelo reaproveitamento dos resíduos para o desenvolvimento de novos produtos com valor acrescentado.

No âmbito desta primeira fase os resultados obtidos incluem o desenvolvimento de uma instalação piloto com unidades de remoção de caroço, unidades de secagem a vácuo e campos elétricos pulsados atualmente em fase ainda de validação. Com este novo processo foi possível obter azeite virgem extra com uma acidez de 0.33.

“A segunda fase está relacionada com a extração de compostos de valor acrescentado do bagaço de azeitona. Neste caso o processo foi otimizado e foram realizados ensaios já à escala piloto que permitem evitar a refinação do óleo de bagaço o que torna o processo ambientalmente mais correto, e implica a introdução de menos processos químicos”, explica.

Joana Carvalho acrescenta ainda que como produto final foi também possível obter uma fibra que poderá ser utilizada em produtos de panificação, nomeadamente bolachas e biscoitos utilizando novas formulações de produção, tornando estes produtos ricos em fibra e potencialmente mais ricos em proteína.

Estes produtos estão já, inclusive, a ser produzidos pela empresa italiana Prometeo, parceira deste projeto. Para além do CVR e da Prometeo, são também parceiros deste projeto a Universidade de Saragoça, a Universidade Autónoma de Madrid, a Universidade de Bolonha, as empresas espanholas Ingeniería para el desarrollo Tecnológico, ISANATUR e Contactica Innovation, e a grega Evangelos Mihopoulos & SIA O.E.

Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | ResearchgateUM

Scroll to top