A crescente procura por coberturas para piscina transparentes despertou o interesse desta equipa de investigação que, em relação com a indústria, está a desenvolver materiais capazes de suprir esta necessidade, ao mesmo tempo que reforça a durabilidade e a resistência destes produtos.
João Miguel Nóbrega, docente do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho (UM) em Guimarães, e investigador do Instituto de Polímeros e Compósitos da mesma universidade, está a desenvolver o projeto Smart Cover Pool & Deck em parceria com a empresa portuguesa Soprefa.
“Neste caso específico o que procuramos é desenvolver produtos inovadores para colmatar problemas de produtos que estão atualmente no mercado, e um deles é a cobertura de piscinas. Existem perfis de cobertura já no mercado que permitem proteger a piscina, contudo, o que se procura hoje em dia, por uma questão estética, é ter perfis transparentes, porque isso do ponto de vista estético é substancialmente mais apelativo”, conta.
Segundo o investigador, o problema é que o material que se utiliza habitualmente para este tipo de perfis é um policarbonato muito sensível aos raios UV. Tratando-se de um perfil de cobertura para exterior, este encontra-se naturalmente exposto a essa radiação. Isto faz com que os atuais perfis existentes no mercado apresentem uma taxa de envelhecimento superior àquela que seria desejável.
“O objetivo do projeto é encontrar soluções técnicas capazes de aumentar a durabilidade destes perfis, mantendo a transparência e garantir que estes sejam economicamente viáveis e que possam ser introduzidos no mercado e comercializados”, explica.
Além dos perfis de cobertura de piscina este grupo de investigação também está a desenvolver materiais com aplicação nos pisos usados em volta da piscina, com o mesmo propósito de os tornar mais resistentes e mais seguros para os utilizadores.
Este projeto, financiado no âmbito do Compete 2020, é promovido pela Soprefa, em colaboração com a Universidade do Minho (UM), a Universidade de Aveiro (UA) e o CTCP – Centro Tecnológico do Calçado de Portugal.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | UM
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