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Ep. 291 Ricardo Resende – Plataforma de realidade aumentada ajuda exército português a organizar operações em cenário urbano

January 03, 2018

ep291_interiorEsta tecnologia vai permitir visualizar o local de uma operação com grande detalhe, podendo assim, melhor organizar as tropas no terreno durante uma operação em cenário urbano. Com esta plataforma será possível visualizar o interior e o exterior de um edifício em 3D, podendo assim planear uma abordagem mais segura e eficiente durante uma operação.​


Ricardo Resende, professor no Departamento de Arquitetura do ISCTE-IUL e investigador do ISTAR – Centro de Investigação em Ciências da Informação, Tecnologias (ISTAR-IUL), está a desenvolver esta plataforma em parceria com o Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar (CINAMIL).

“Através de contactos com o CINAMIL, o centro de investigação do Exército português percebemos que havia a necessidade de utilização de tecnologias de realidade virtual ou de realidade aumentada no planeamento do combate e uma das áreas mais desafiantes para o exército português e para todos os exércitos neste momento, é o combate em áreas urbanas, que é a parte mais complicada do combate e a mais exigente fisicamente em termos de recursos”, explica.

A ferramenta desenvolvida no âmbito deste projeto é uma plataforma de realidade aumentada que permite visualizar o local onde vai ser efectuada a ação e planear com grande detalhe, e com grande conhecimento da realidade como é que essa ação vai ser desenvolvida.

“Estas acções têm um planeamento muito muito rigoroso que tem que ser comunicado aos escalões inferiores, portanto dos comandantes para baixo, de uma maneira muito precisa, sem haver ambiguidades. Tem uma componente muito técnica em que é preciso ter atenção a vistas, a ritmos, a tempos, às abordagens aos edifícios e à segurança dos militares”, acrescenta.

Através desta plataforma vai ser possível replicar tudo isto e acrescentar algumas funcionalidades impossíveis de se fazerem numa planta a duas dimensões.

“É possível navegar no interior dos edifícios que vão ser tomados. É possível ver as vistas de uma janela, de um terraço, de uma porta, ou por trás de uma esquina, antes de se estar a fazer a ação”, conta.

Esta tecnologia encontra-se ainda em fase de testes, contudo, a ideia é aplica-la não só no treino do planeamento militar, como também em cenários reais.

Saiba mais sobre o investigador em: ISCTE | LinkedIn | Academia.edu

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