Este estudo contou com a participação de 712 crianças de vinte escolas primárias da cidade do Porto, e teve como objetivo analisar o efeito que o ambiente construído em redor das escolas tem na saúde respiratória dos seus alunos.
Inês Paciência, investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), desenvolveu este estudo no âmbito do seu projeto de doutoramento com foco na avaliação do efeito do ambiente interior e exterior na saúde respiratória das crianças.
“Neste último projeto que ainda não está publicado avaliamos o efeito do ambiente, e da caminhabilidade em redor das escolas na função pulmonar, na inflamação das vias aéreas e na atividade do sistema nervoso autónomo das crianças do ensino primário”, conta.
A investigadora verificou que quanto maior é a área de zonas construídas em redor de uma escola, pior era a função respiratória. “Tínhamos volumes inferiores nas crianças das escolas com maiores zonas construídas em redor daquela escola, sendo que, quanto maior era a área verde, melhor era a resposta da função pulmonar dessas crianças”, acrescenta.
Para Inês Paciência os resultados deste estudo são particularmente importantes para a implementação de políticas e práticas que melhorem a saúde das cidades. A conexão das crianças com os espaços verdes diminui os riscos associados à exposição urbana e os riscos associados a uma maior concentração de poluentes.
A criação de espaços verdes em volta das escolas pode de forma indireta contribuir para a diminuição dos custos em saúde, assim como do número de consultas, e de medicação associadas aos problemas respiratórios.
Saiba mais sobre a investigadora em: FMUP
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