eng. civil,
90 seg

Ep. 310 José Campos e Matos – SustIMS: Uma ferramenta que não só gere auto-estradas como também prevê como intervir para as melhorar

January 30, 2018

ep310_interiorCom base em sistemas de monitorização e observação de infra-estruturas rodoviárias, esta ferramenta consegue desenvolver modelos capazes de prever o desgaste, as reparações e as obras necessárias para gerir e manter um troço de auto-estrada ao longo de décadas.​


José Campos e Matos, investigador do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE) e professor no Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), no Pólo de Azurém em Guimarães, está a desenvolver a ferramenta SustIMS – Sustainable Infrastructure Management System que se encontra actualmente a ser aplicada pela Ascendi em alguns troços das suas estradas.

“Esta ferramenta pode ser aplicada em infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, tudo o que esteja relacionada com transportes e com o ambiente construído em si. Foram identificados alguns troços de auto-estrada das Ascendi, e nesses troços incluímos sistemas de monitorização e de observação com alguns sensores e com base nos elementos que fazem parte constituinte desses troços são gerados modelos provisionais para esses elementos. A partir daí é possível tomarem-se decisões a dez, vinte, trinta anos, que depois podem ser validadas com os próprios gestores que tradicionalmente já as praticavam, mas que o faziam apenas com base no seu conhecimento, e agora o podem fazer de forma mais racional e objectiva”, conta.

Com a actual aplicação por parte da Ascendi, o SustIMS está já de olhos postos no futuro. Segundo José Campos e Matos, esta ferramenta tem a possibilidade de se expandir para o uso em infra-estruturas ferroviárias e multimodais.

Além da incorporação do SustIMS em outras infra-estruturas, o investigador refere que é também possível incorporá-la na gestão de custos indirectos, ou seja aquilo que as intervenções em uma infra-estrutura podem trazer como custos para os utilizadores da mesma, sendo então possível acrescentar esse dado na medição do impacto que uma determinada obra pode ter.  

Por fim, José Campos e Matos realça a aplicabilidade do SustIMS na gestão de eventos extremos, sejam estes decorrentes de alterações climáticas, de incêndios, de cheias, ou de outras catástrofes capazes de causar danos numa infra-estrutura. “O SustIMS pode, nesses casos, dizer como gerir a nossa infra-estrutura tendo em vista a melhor resposta a dar face a um evento extremo”, conclui.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UM

Scroll to top