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Ep. 313 Filipe Samuel Silva – Grupo desenvolve próteses de anca inteligentes capazes de “enganar” o osso e resistentes à rejeição

February 02, 2018

ep313_interiorEsta tecnologia é composta por smart materials capazes de “enganar” o osso de forma a evitar que uma prótese de anca seja rejeitada pelo organismo.​


Filipe Samuel Silva, investigador da Unidade de Investigação em Microssistemas Eletromecânicos da Universidade do Minho (CMEMS) e professor da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), no Pólo de Azurém em Guimarães, está a estudar a aplicação desta tecnologia com o objectivo de aumentar o tempo de vida útil de uma prótese de anca.

“Tipicamente uma prótese, e vou dar como exemplo a prótese de anca, tem uma duração de cerca de 15 anos, entre dez a vinte anos. Ao fim de dez, quinze anos, já 50% das próteses tiveram que ser substituídas, isto porque embora as próteses sejam inicialmente perfeitamente integradas no osso, ao fim de algum tempo o osso começa a rejeitá-las e elas têm que ser substituídas”, explica

“O nosso projeto consiste em desenvolver próteses que façam com que o osso ao lado pense que aquela prótese reage como um osso, evitando que esta seja rejeitada e reduzindo a perda óssea. Porque o problema da perda óssea tem a ver com o osso sentir que está ali um corpo estranho e começar a perder a sua densidade óssea, deixando assim de dar estabilidade ao implante, e forçando uma nova cirurgia para substituir a prótese original”, acrescenta.

O grupo de Filipe Samuel Silva desenvolveu uma tecnologia híbrida subtractiva de impressão 3D multimaterial, onde é possível colocar vários materiais, incluindo os chamados smart materials que têm capacidade de comunicar e de ter determinados tipos de estímulos eléctricos e microfluídicos num determinado implante.

Segundo o investigador, estes materiais conseguem mimetizar o comportamento do osso e desta forma fazer com que o osso sinta que está lá integralmente e que não existe um implante, evitando assim a perda de densidade.

Saiba mais sobre o investigador em: Google Scholar | UM

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