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Ep. 334 Francisco Brito – Exhaust2Energy quer converter os gases de escape em eletricidade

March 05, 2018

ep334_interiorCom aplicação em automóveis híbridos, este projeto pretende aumentar a eficiência energética do motor através do reaproveitamento do calor emitido pelos gases de escape para a produção de eletricidade. Esta eletricidade pode depois ser usada para alimentar as componentes elétricas do carro em andamento.​


Francisco Brito, investigador do Laboratório de Motores Térmicos e Termodinâmica Aplicada da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) no Pólo de Azurém em Guimarães, está a desenvolver o projeto Exhaust2Energy, cujos resultados já despertaram o interesse da Honda (Japão) e da BorgWarner (EUA).

“Sabemos que apenas um terço da energia do combustível no motor é aproveitada e que cerca de outro terço é libertada nos gases de escape sob a forma de calor. Uma das formas de aproveitar esta energia é usar os chamados módulos termoelétricos que convertem o calor diretamente em eletricidade e com esta eletricidade podemos alimentar todos os aparelhos elétricos do veículo e até aumentar a incorporação deste número de aparelhos tornando o veículo mais eficiente e com menos emissões”, conta.

O Exhaust2Energy está a desenvolver métodos para controlar o nível de temperatura a que os módulos termoelétricos operam. Segundo Francisco Brito, a temperatura a que estes módulos operam é um fator limitante visto que estes necessitam de estar a um nível de temperatura correto para produzirem o máximo do seu potencial.

Este sistema pode no futuro vir a reduzir/eliminar o alternador e componentes mecânicos (bombas, direção assistida, ar condicionado) por outros componentes elétricos mais eficientes.

“O elemento diferenciador deste projeto é que conseguimos fazer este aproveitamento do calor de forma otimizada termicamente. Conseguimos fazer isto de uma forma automática sem necessidade de eletrónica e só através da aplicação de um buffer de mudança de fase que converte o nível de temperatura dos gases de escape do veículo. Desta firna conseguimos regular para uma temperatura muito estável independentemente do regime de funcionamento do motor”, revela.

Liderado pela Universidade do Minho (UM), o Exhaust2Energy tem a parceria da Universidade do Porto, do Instituto Superior Técnico e das empresas Energest e European Thermodynimics.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate

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