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Ep. 335 Francisco Ferreira – Streaming Ave: O passado e o futuro da arquitetura, da indústria, e dos usos do rio Ave

March 06, 2018

ep335_interiorMais que uma análise história, este projeto pretende olhar para os espaços, para as memórias e para os diferentes usos que o rio Ave já teve, com o objetivo de discutir o futuro deste território numa perspetiva pós-industrial.


Francisco Ferreira, arquiteto e investigador do grupo SpaceR do Centro de Investigação Lab2PT e docente na Escola de Arquitetura da Universidade do Minho (EAUM), está a desenvolver o Streaming Ave, um projeto multidisciplinar que pretende olhar para o rio Ave enquanto objeto em si próprio e enquanto elemento de um território muito mais vasto mas que se pode inscrever ele próprio como território em si.

“Streaming Ave: perspetivas pós-industriais para o rio Ave” repensa a relação do rio com a população local, partindo do cenário idílico do rio totalmente despoluído para um futuro próximo, resultado do investimento em ETAR e do aparente fim do ciclo de uma indústria predominantemente têxtil. Neste cenário pós-industrial repensa-se ainda o sentido e identidade da paisagem num momento de transformação, unindo geografia, história, arquitetura, urbanismo, ambiente e arte.

“A nossa ideia é olhar para o rio quase como se estivéssemos a olhar para o território na sua totalidade a partir de dentro e tentar, a partir daí, explorar um pouco aquilo que tem sido a narrativa vigente daquilo que tem sido o próprio rio e, a partir daí, recuperar não só na história mas nos próprios imaginários algumas imagens e alguma representação desse território”, explica.

Na primeira fase de desenvolvimento, a equipa do Streaming Ave tem-se desdobrado na recolha e organização de representações do próprio rio. “Esta organização é ainda não crítica do ponto de vista daquilo que queremos depois tirar daqui, mas tem sido crítica no sentido de tentar organizar do ponto de vista do que é a representação fotográfica, a representação, o desenho, a iconografia, a imagem fotográfica, estruturas arquitetónicas, por exemplo.”

“O que são as estruturas como as azenhas, os açudes, todos esses acontecimentos que vamos reconhecendo, alguns que ainda existem, outros que já não existem e de repente tem-se encontrado uma série de informação que depois quando a começamos a cruzar temos esta confiança, esta esperança melhor dizendo, que de repente surja ali alguma coisa que nos possa permitir avançar então com esse nosso desejo de criar novas representações para este objeto”, acrescenta.

Saiba mais sobre o investigador em: EAUM

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