Este projeto está a colher amostras de microrganismos na costa norte de Portugal e na Galiza com o objetivo de selecionar aqueles que sejam mais eficientes para limpar um derrame de petróleo em alto-mar.
Ana Paula Mucha, investigadora do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (UP), está a desenvolver o projeto Spilless com o objetivo de desenvolver ferramentas de biorremediação para dar resposta a derrames de petróleo.
O Spilless está a desenvolver uma ferramenta de biorremediação que tem como base a utilização de microrganismos autóctones para combater derrames de petróleo, que podem ser aplicados só por si ou através de veículos autónomos não-tripulados, como drones.
Ana Paula Mucha está a trabalhar com colegas do INESC TEC que estão a adaptar veículos autónomos para serem utilizados em missões de combate a derrames de petróleo utilizando então os consórcios microbianos nativos desenvolvidos pelo seu grupo.
“Neste projeto estamos a trabalhar ao longo da costa norte de Portugal e zona da Galiza. Estamos a recolher amostras de água ao longo da costa e também amostras que estão ser colhidas em expedições em mar alto. O objetivo é a partir destas amostras selecionarmos microrganismos com capacidade para degradar petróleo específicos para cada zona. Isto é feito para evitar a introdução de espécies não nativas que pudessem vir a afetar ambientalmente as cadeias tróficas existentes nos locais”, explica.
Já com alguns resultados promissores em laboratório, o Spilless pretende, numa fase posterior, criar um banco de microrganismos criopreservados que possam ser reativados em qualquer momento e usados para degradar petróleo em resposta a um derrame.
Saiba mais sobre a investigadora em: CIIMAR | Linkedin