saúde pública,
90 seg

Ep. 345 Romeu Mendes – Programa comunitário de exercício físico ajuda a combater a diabetes

March 20, 2018

ep345_interiorEste programa desenvolve sessões de exercício físico supervisionado, três vezes por semana, em sete cidades portuguesas, com o objetivo de melhorar a saúde e a qualidade de vida de pessoas com diabetes tipo 2.​


Romeu Mendes, médico interno em saúde pública no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Douro Norte, com sede em Vila Real, e investigador do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), desenvolveu o programa “Diabetes em Movimento” que, atualmente, se encontra a decorrer nas cidades de Vila Real, Maia, Viseu, Rio Maior, Torres Vedras, Seixal e Évora, durante um período de nove meses, entre Outubro e Junho, três vezes por semana, em sessões de 90 minutos.

A diabetes tipo 2 é responsável por cerca de 95% de todos os casos de diabetes, tendo como principais fatores de risco o excesso de peso e a obesidade, o envelhecimento e o sedentarismo.

“Sabemos pelas investigações laboratoriais que o exercício físico e a atividade física têm um impacto muito grande no controlo e no tratamento da diabete tipo 2. O que nós identificámos é que havia uma lacuna metodológica entre aquilo que era produzido nas universidades em contexto de laboratório com maquinaria pesada e aquilo que estava disponibilizado na comunidade”, afirma Romeu Mendes.

Tendo em conta esta situação, o investigador decidiu montar um programa de exercício físico de baixo custo, adaptado às características da população alvo e com elevada aplicabilidade. “Montámos um programa desenhado para os problemas das pessoas com diabetes tipo 2 e avaliámos o seu impacto do ponto de vista da saúde e chamamos-lhe carinhosamente de ‘Diabetes em Movimento’. Avaliámos o controlo metabólico, o controlo da diabetes e avaliámos os principais fatores de risco cardiovascular não modificáveis que afetam a população portuguesa: os níveis de colesterol, os níveis de pressão arterial e os níveis de excesso de peso e de obesidade”, acrescenta.

Segundo Romeu Mendes, as pessoas que entraram no “Diabetes em Movimento” melhoraram todos estes indicadores de forma significativa em relação ao grupo de controlo, composto por pessoas que apenas recorreram ao médico de família, que tomaram medicamentos, e que seguiram as indicações dos meios de comunicação científica, sem extarem expostas a este programa de exercício.  

Este programa de intervenção comunitária é coordenado pela Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, com o apoio científico do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | ISPUP

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