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Ep. 347 Marta Vergílio – Projeto MUSES desenvolve novas estratégias para uso e ordenamento do espaço marítimo

March 22, 2018

ep347_interiorOs Açores e a costa algarvia são estudos de caso neste projeto que procura analisar as cinco principais bacias marítimas da União Europeia, com o objetivo de desenvolver estratégias de reaproveitamento e coordenação das diferentes atividades económicas realizadas nestes espaços.​


Marta Vergílio, investigadora no Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO) da Universidade dos Açores (UAC), está a participar no projeto Usos Múltiplos nos Mares Europeus (MUSES), coordenado por Helena Calado, que visa analisar como o oceano está a ser utilizado e dotar a Comissão Europeia de informação para tomar decisões.

“No espaço marítimo podem ser desenvolvidas atividades separadamente, o que o projeto MUSES tenta analisar é o potencial de desenvolver essas mesmas atividades em conjunto como por exemplo, a produção de energia eólica onde temos geradores implementados no espaço marítimo, pode ser desenvolvida juntamente com aquacultura havendo uma partilha quer de espaços, quer de infraestruturas, quer de recursos. Acaba assim por haver uma tentativa de redução de impactos ao nível do ambiente e uma otimização dos recursos associados a ambas atividades com benefícios para ambas as partes”, explica

O projeto MUSES, que está a decorrer há já um ano, está dividido em duas etapas, numa delas é analisado o potencial de desenvolvimento de atividades multiusos em uma das cinco bacias marítimas da União Europeia (UE): Mar do Norte, Mar Báltico, Mar Mediterrâneo, Mar Negro e o Atlântico nordeste. Numa segunda fase são analisados casos de estudo em cada uma das bacias, que no caso de Portugal, por exemplo, incluem os Açores e a costa sul de Portugal Continental, o Algarve.

“Da análise de ambas as partes do projeto resulta um plano de ação que será elaborado mais tarde e que será entregue à Comissão Europeia que é quem financia este projeto e que poderá servir como orientações para o desenvolvimento das políticas europeias nesta área”, reforça.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | CIBIO – InBIO

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