Com recurso a nano partículas de ouro esta nova técnica de diagnóstico precoce da tuberculose, não só é mais rápida e precisa, como tem um custo mais baixo que as técnicas convencionais.
Desenvolvida pela equipa de Miguel Viveiros, investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa, em cooperação com a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da mesma universidade, este método de diagnóstico permite identificar através da alteração de cor de uma solução, se um paciente está ou não infetado com a bactéria responsável pela tuberculose.
Segundo Miguel Viveiros, numa primeira fase é recolhida uma amostra do doente, amostras respiratórias, como muco ou expetoração que são depois analisadas. “Se o paciente estiver então numa fase já de doença a sua expetoração possui bacilos. Conseguimos extrair o ADN destes bacilos, mas como este sistema é altamente sensível, recorremos a uma amplificação em cadeia dos ácidos nucleicos que nos permite multiplicar estes alvos por milhões de cópias”, explica.
Este sistema vai depois detetar estes milhões de cópias, identificando se se trata da bactéria responsável pela tuberculose, e procurando dentro do ADN dos bacilos presentes na amostra, mutações para as resistências aos fármacos de maior afetividade contra a tuberculose.
Para o investigador o baixo custo deste sistema é uma das suas principais características: “Esta nova tecnologia vale não só pela sua sensibilidade, especificidade, e pela sua capacidade de diagnóstico precoce, mas também porque é muito mais barato que as alternativas comerciais.”
“A nossa mais-valia foi combinarmos o nosso know-how científico na área da resistência aos antibióticos da tuberculose a esta inovação tecnológica desenvolvida, utilizando as tais nano partículas de ouro que nos permitem uma deteção visual simples, rápida e a 1% do custo normal de uma tecnologia comercial”, afirma.
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea causada por uma bactéria, a Mycobacterium tuberculosis, identificada no final do século XIX por Robert Koch. Esta doença é transmitida por um indivíduo que, com tuberculose ativa, ao tossir liberta os bacilos desta doença, que saem da árvore respiratória pelas lesões que o bacilo causa no seu pulmão. Ao serem inalados por outro indivíduo vão iniciar um processo infecioso.
Saiba mais sobre o investigador em: LinkedIn | ResearchGate | IHMT
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