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Ep. 38 Hugo Silva – Alentejo como região piloto para a implementação de tecnologias de concentração solar

January 12, 2017

ep038_interiorO abundante recurso solar do Alentejo ao longo do ano faz desta região a principal candidata para a instalação de centrais de concentração solar.​


“Medição e avaliação da radiação solar direta no Alentejo (DNI-ALENTEJO)” é o nome do projeto liderado por Hugo Silva, investigador da Cátedra de Energias Renováveis da Universidade de Évora (CER/U. Évora), que durante os próximos três anos vai avaliar as potencialidades da radiação solar na região.

Menos conhecida que as centrais fotovoltaicas, uma central solar de concentração é um tipo de tecnologia que concentra a radiação solar num ponto ou num tubo, pelo qual se faz passar um fluido que é aquecido a temperaturas até 500 °C. Este fluido, normalmente um óleo térmico, gera vapor de água que em torno, faz mover as turbinas para gerar eletricidade.

Com este projeto, a equipa de Hugo Silva pretende perceber a estabilidade que o recurso solar tem na região do Alentejo, assim como que influências meteorológicas afetam esse recurso. “O que propomos é fazer isso com radiação solar com base nas tecnologias de concentração. Precisamos de concentração para poder chegar a estas temperaturas tão altas. A radiação solar consegue gerar 800 watts/m2, e por isso precisa mesmo de ser concentrada, tem que se ter áreas bem maiores para se conseguir temperaturas tão altas como queremos”, explica.

As centrais de concentração solar têm uma vantagem em relação às fotovoltaicas, pois permitem armazenar a energia que produzem, pois a energia térmica é mais fácil de armazenar que a energia elétrica.

“Em Portugal estamos a dar passos significativos para vir a ter centrais deste género, e esperemos que este projeto possa contribuir nesse sentido.”

O projeto DNI-Alentejo vai identificar os locais ideais para a captação de radiação solar direta e indireta, e que possam ser viáveis para a indústria local. Com três anos para montar a rede e analisar os dados, Hugo Silva tem esperança que o seu sistema se mantenha em operação vários anos após a execução do projeto, reforçando o objetivo de alargar o número de estações num futuro próximo.

Saiba mais sobre o investigador em: ResearchGate | U. Évora

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