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Ep. 397 Hugo Figueiredo – Diplomados do ensino superior têm salários mais elevados, melhores condições de trabalho, e benefícios individuais, diz estudo

May 31, 2018

ep397_interiorEste estudo avaliou os benefícios individuais, sociais, pecuniários e não pecuniários dos diplomados do ensino superior em Portugal. Os dados desta investigação mostram que as pessoas com formação superior, e em particular os mestres, têm melhores condições de salário e de emprego quando comparadas com pessoas apenas com o ensino secundário, ou com informação inferior.​


Hugo Figueiredo, professor auxiliar do Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da Universidade Aveiro (UA), e investigador na unidade de investigação GovCopp do Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior (CIPES), foi coordenador do projeto os Benefícios do Ensino Superior, financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS).

A ideia deste projecto é avaliar empiricamente os benefícios associados à conclusão de um curso de ensino superior nos seus diferentes níveis. “O que nós pretendemos desde início foi fazer uma separação entre os benefícios individuais e sociais por um lado, mas também por outro lado, benefícios pecuniários e benefícios não pecuniários dos diplomados do ensino superior em Portugal”, explica.

Do lado dos benefícios individuais pecuniários, Hugo Figueiredo deu continuidade a uma investigação que existe em Portugal há alguns anos sobre os benefícios em termos de prémios salariais associados às conclusões do ensino superior.

A partir dos dados dessa investigação foi possível verificar que os prémios salariais continuam relativamente altos face a outros países mas que isto é agora sobretudo verdade para os mestres e para diplomados nas áreas STEM (Ciência, Engenharia, Tecnologia e Matemática).

“Os prémios salariais mantêm-se mas mantêm-se com uma cada vez maior diversidade desses prémios. Utilizámos uma imagem do ensino superior como uma espécie de paraquedas em que sobretudo o segundo ciclo foi funcionando como um paraquedas para evitar descida de salários sobretudo durante o período de crise”, acrescenta.

Mesmo durante o período de crise as pessoas com formação superior estiveram sempre em vantagem no que toca ao emprego e aos prémios salariais. Este estudo também verificou que em situações de desemprego, quem tinha ensino superior passou menos tempo à procura de um novo emprego.

Hugo Figueiredo realça como principal resultado deste estudo a ideia de que ter uma formação superior é de facto uma mais-valia no mercado de trabalho e na procura por emprego.

Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | ORCID | UA

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