genética,
90 seg

Ep. 42 Luísa Pereira – Estudo genético da população cubana permite prever como a Europa reagiria a uma epidemia de Dengue

January 18, 2017

ep042_interiorA diversidade genética da população cubana, motivada pelas origens africanas e europeias dos seus habitantes, pode ajudar a compreender como as populações dos países europeus reagiriam a uma eventual epidemia de febre do Dengue.​


O projeto de Luísa Pereira, investigadora do i3S – Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto, tem como objetivo ver de que modo a febre do Dengue pode afetar as populações europeias. Para tal, foi realizado um estudo genético da população cubana, de forma a identificar a existência de um gene capaz de proteger contra a febre da Dengue.

A sua equipa descobriu um gene relacionado com o metabolismo dos lípidos e com diversidade ligada à ancestralidade africana, que pode ser o responsável por uma maior protecção deste grupo contra a doença.

“Os médicos em Cuba já tinham descrito a nível epidemiológico que os cubanos que tinham principalmente ancestralidade europeia ficavam mais doentes pela febre do Dengue e manifestavam as suas formas mais graves, enquanto os cubanos com ancestralidade principalmente africana não ficavam tão doentes e não manifestavam em geral as formas graves da doença”, descreve.

Luísa Pereira teve então a oportunidade de avaliar o efeito da ancestralidade nesta susceptibilidade à febre da Dengue, através do gene que identificou: “Estes resultados genéticos vêm então confirmar e dizer-nos quais são as proteínas que são importantes no metabolismo dos lípidos que está relacionado com esta doença.”

Para a investigadora, o controlo do metabolismo dos lípidos pode ser um alvo terapêutico muito importante na resposta ao tratamento contra a febre da Dengue.

Saiba mais sobre a investigadora em: i3S

Scroll to top