Este projeto está a desenvolver revestimentos funcionais capazes de degradar o magnésio de forma controlada em implantes com aplicações biomédicas.
João Tedim, investigador do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro e professor no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver o projeto MAGICOAT com o objetivo de encontrar um compromisso entre a degradação do magnésio e a biocompatibilidade dos implantes com o organismo do paciente.
“No nosso grupo nós trabalhamos em desenvolvimento de revestimentos protectores para diferentes substratos, nomeadamente substratos metálicos e temos trabalhado sobretudo para aplicações relacionadas com a indústria aeronáutica e automóvel. Mais recentemente no projeto Magicoat, estamos concentrados no desenvolvimento de revestimentos funcionais que possam de certa forma controlar a degradação do magnésio para aplicações biomédicas”, conta.
O magnésio é um elemento extremamente reativo e dessa reacção resultada o aumento do pH e também a evolução de hidrogénio que pode levar a complicações graves, em particular se esse tipo de condições são verificadas dentro do organismo humano.
Neste projeto, a equipa de João Tedim, procura trabalhar a modificação da superfície dessas ligas de magnésio para que o controlo dessa degradação seja adequado ao organismo e ao tempo de vida do implante.
“Procuramos que haja uma degradação mais adequada e que o substrato se possa dissolver ou degradar sem causar complicações no organismo do paciente”, reforça.
O principal objetivo do MAGICOAT é o controlo da degradação do magnésio, não uma limitação completa da mesma mas o suficiente para reduzir a taxa de degradação para um regime que seja aceitável para o desenvolvimento de substratos que possam depois ser usados em diferentes implantes, garantindo que estes não colocam problemas no organismo humano.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UA | CICECO
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