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Ep. 43 Pedro Camanho – Preparar as Cadeias de Abastecimento da Indústria Aeronáutica para a Introdução de Novos Materiais

January 19, 2017

ep043_interiorDesenvolver métodos e ferramentas para ajudar a indústria aeronáutica a melhorar as suas cadeias de produção e abastecimento na introdução de novos materiais é o objetivo deste projeto.


Pedro Camanho, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e vice-presidente do INEGI, está a desenvolver no âmbito do programa MIT Portugal, o projeto IAMAT (Introduction of Advanced Materials Technologies into New Product Development for the Mobility Industries), em conjunto a Universidade do Minho (UM) e o Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa.  

Hoje em dia os grandes fabricantes de aviões são empresas que integram um conjunto de peças e sistemas que são fabricados por outras empresas e é preciso compreender quais são as implicações que a introdução de novos materiais tem na cadeia de abastecimento e os seus impactos a nível social e ambiental.

Para Pedro Camanho, as cadeias de abastecimento têm que ser resilientes e ágeis na resposta aos novos requisitos da indústria sobre o ponto de vista de utilização de novos materiais. “O projeto IAMAT tem como objetivo desenvolver uma metodologia integradora que permita promover e facilitar a introdução de novos materiais nas indústrias associadas aos transportes, e em particular na indústria aeronáutica.”

O tempo e custos elevados para a introdução de novos materiais na indústria aeronáutica é um dos maiores desafios que o IAMAT tem pela frente. “Tradicionalmente são necessários vinte anos para introduzir novos materiais. É um tempo muito prolongado associado a custos elevados. Temos que desenvolver um método alternativo que permita explorar novos materiais de uma forma mais eficaz.”

Para além de melhorar as propriedades mecânicas dos materiais, o investigador afirma que no futuro os materiais têm que ter mais que uma função: “Têm que resistir naturalmente às cargas que são aplicadas, mas podem também ter a função de identificar por exemplo dano, qual a extensão desse dano. Podem na prática funcionar como um sistema de monitorização da integridade estrutural da aeronave.”

Ainda em fase inicial, está previsto o desenvolvimento de uma componente estrutural de um avião da Embraer, empresa parceira deste projeto, que permita integrar toda a investigação e todas as tecnologias que estão a ser desenvolvidas no IAMAT.

Além das instituições universitárias envolvidas, este projeto conta ainda com a participação das empresas Embraer e Optimal Solutions.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedInResearchGate | FEUP

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