Estas infraestruturas verdes potenciam o desenvolvimento de insetos polinizadores em plantações agrícolas. Estes insetos podem assim crescer de forma protegida com o objetivo de promover a polonização natural das respetivas plantações.
Sílvia Castro, investigadora do Center for Functional Ecology (CFE) da Universidade de Coimbra (UC) e do Jardim Botânico da mesma universidade, está a desenvolver o projeto POLL-OLE-GI, com o objetivo de estudar a aplicação destas infraestruturas em plantações de girassol e colza.
“Desenvolvemos um projeto que tem como grande objectivo aumentar a abundância e a diversidade dos insetos polinizadores e dos serviços de ecossistema da polinização num conjunto de culturas específicas que são importantes num contexto europeu, nomeadamente as culturas de oleaginosas, das quais incluímos o girassol e a colza ou couve-nabiça”, explica.
O projeto POLL-OLE-GI tem uma forte componente de trabalho de campo, começando por estabelecer uma linha de base dos serviços de polinização que existem nos campos analisados. Isso é feito com observações indiretas através da instalação de armadilhas para capturar insetos, e com observações diretas através de câmaras que monitorizam as interações planta/animal ao longo do dia.
“Essas observações diretas permitem identificar os insectos que são verdadeiramente os polinizadores de girassol. Nas armadilhas nem toda a diversidade de polinizadores que recolhemos fazem parte da comunidade de colonizadores dos campos de estudo. Estes dois métodos permitem-nos distinguir cada uma dessas componentes, mas também permitem-nos identificar muitos outros insectos que são importantes por outras razões”, acrescenta.
Além de promoverem a diversidade de insetos polinizadores, as infraestruturas verdes providenciam também outros serviços de equilíbrio de ecossistema benéficos não só para a própria exploração agrícola, como para os espaços ao seu redor.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | UC