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Ep. 451 Maria Beatriz Oliveira – A nova vida do bagaço de azeitona: Investigação quer reaproveitar este resíduo para a produção de antioxidantes

September 17, 2018

ep451_interiorO bagaço de azeitona é um subproduto da produção de azeite que apresenta níveis elevados de fitotoxicidade. Esta toxicidade pode ser nociva para o meio-ambiente, contudo, as suas propriedades podem ser aproveitadas para a produção de antioxidantes com aplicação na indústria alimentar e na cosmética.​


Maria Beatriz Oliveira, professora da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e investigadora do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV/ REQUIMTE), desenvolve a sua investigação no âmbito do reaproveitamento de resíduos da produção de produtos como o azeite e amêndoa.

Com base numa política de economia circular, a equipa de Maria Beatriz Oliveira está focada em desenvolver novas aplicações para os resíduos argo-alimentares dos produtos típicos da região Norte como o azeite e a amêndoa, que todos os anos produzem toneladas de bagaço de azeitona e de casca de amêndoa.

O reaproveitamento destes resíduos não só pode contribuir para a criação de novos produtos, como para o desenvolvimento das economias locais.

“São produtos produzidos em zonas com poucos habitantes e o desenvolvimento destas metodologias e a valorização destes resíduos poderá ser uma mais-valia para a sustentabilidade social e para o seu rendimento”, afirma.

O bagaço de azeitona é um dos subprodutos mais trabalhados pela equipa de Maria Beatriz Oliveira, com aplicação na indústria alimentar e na cosmética.

“O bagaço de azeitona é produzido em grandes quantidades uma vez que somos grandes produtores de azeite. Esse bagaço é um produto fitotóxico que se for espalhado nos solos, estes ficam inférteis. O que fizemos foi extrair os compostos bioativos do bagaço de azeitona, retirámos essa fitotoxicidade e aproveitámos esses fitotóxicos”, explica.

Estes fitotóxicos podem ser depois aplicados como antioxidantes, quer na indústria da cosmética, quer na indústria alimentar.

“Ficámos ainda com um substrato que pode ser usado na agricultura para a produção de plantas e de alimentos”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | FFUP

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