Inspirado nos testes tradicionais de avaliação cognitiva, este jogo apresenta-se como uma ferramenta de diagnóstico para doenças como Alzheimer ou demência vascular.
Além das capacidades de diagnóstico, Joaquim Cerejeira, investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), está a desenvolver este jogo com o objetivo de estimular o desempenho cognitivo dos pacientes.
“O nosso projeto surgiu devido ao facto de lidarmos com uma população muito envelhecida em Portugal e em todos os países ocidentais. Parte dessa população sofre de doenças cerebrais como a doença de Alzheimer ou a demência vascular que afetam as capacidades mentais, cognitivas e tornam a pessoa dependente. Nós então pensámos que com a tecnologia dos videojogos podíamos desenvolver algumas tarefas mais motivadoras que ao mesmo tempo que estimulassem a pessoa, pudessem dar alguns dados sobre o seu desempenho cognitivo”, explica.
Estes jogos exigem à pessoa que faça algumas tarefas e ao mesmo tempo que essas tarefas estão a ser feitas, são registados dados sobre a rapidez com que a pessoa executa a tarefa, se a pessoa está a acertar ou não na tarefa e, com esses dados, é possível desenvolver parâmetros que se podem comparar com os dados tradicionais da avaliação cognitiva.
Neste estudo foi comparado desempenho nos jogos com o desempenho nos testes cognitivos tradicionais. Os resultados demonstraram que há uma boa correlação entre ambos, ou seja, tanto os testes tradicionais como os videojogos apresentaram o mesmo diagnóstico.
“Para o futuro pensamos que será possível usar estes jogos no dia-a-dia para entreter as pessoas ao mesmo tempo que nos dá informação para percebermos se a função cognitiva está ou não estabilizada, ou se está a melhorar, ou até se está a piorar e é preciso alguma alteração no tratamento”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | FMUC
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