Este projeto está a usar a compostagem de resíduos para produzir substâncias húmicas com o objetivo de as usar na recuperação de solos agrícolas.
Fernanda Proença, docente e investigadora do Centro de Química da Escola de Ciências da Universidade do Minho (UM), quer usar este projeto para promover as mais-valias da compostagem junto do público e da indústria.
“O projeto em que estou envolvida tem como principal objetivo promover a compostagem como forma de reduzir a quantidade de resíduos vegetais depositados em aterro e de estudar a melhor forma de valorizar o composto produzido em termos sobretudo de teor de substâncias húmicas”, refere.
Substâncias húmicas são uma mistura complexa, dispersa e heterogenia de vários compostos orgânicos sintetizados a partir de restos de matéria orgânica decomposta por microrganismos. Estas substâncias podem ser usadas para aumentar o nível de fertilidade dos solos.
“Neste projeto vamos estar a variar uma série de condições de compostagem para tentar perceber como é que essas condições vão influenciar a qualidade e a quantidade de produtos húmicos no produto produzido”, explica.
Este produto do processo de compostagem pode ser aplicado sobretudo na recuperação de solos agrícolas e no enriquecimento e tratamento de solos agrícolas.
Fernanda Proença reforça que os subprodutos da compostagem têm também aplicação em áreas como a cosmética e a produção de nutracêuticos.
“Há uma série de outras áreas de negócio que podem ser criadas através destas substâncias húmicas, por exemplo, já se sabe hoje em dia que as substâncias húmicas encontram aplicação na cosmética, encontram aplicação também em nutracêuticos e outras que, possivelmente conversando com parceiros investigadores, possamos encontrar e encontrar novas áreas de negócio associados a isso”, remata.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | UM
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