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Ep. 467 Ernesto Costa – E se a organização de uma colónia de formigas pudesse resolver os problemas de logística de uma empresa?

October 09, 2018

ep467_interiorEste grupo de investigação está a estudar os algoritmos da natureza para desenvolver soluções para problemas complexos com aplicação nas áreas da saúde e da produção industrial.​


Ernesto Costa, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigador no Centro de Informática e Sistemas (CISUC) da mesma universidade, inspira-se em sistemas naturais complexos como colónias de formigas, voos de aves migratórias e processos evolutivos, para desenvolver soluções algorítmicas para problemas que os computadores atuais não conseguem resolver.

“Uma maneira de procurar soluções aproximadas para problemas complexos é olhar para a forma como a natureza foi capaz de ao longo de milhões de anos encontrar soluções para se adaptar ao ambiente. Um exemplo desta adaptação é a maneira como as espécies evoluem por seleção natural”, refere.

Segundo o investigador, é possível passar estes mecanismos para um programa de computador e depois usar esse programa para resolver problemas com uma elevada complexidade computacional, ou que, para os quais, atualmente não existe uma solução analítica.

“Nós tentamos resolver problemas de elevada complexidade, esses problemas são complexos porque por um lado os computadores não os conseguem resolver em tempo útil ou, por outro lado, porque não existe nenhuma solução algorítmica para os resolver”, reforça.

Com projetos já desenvolvidos na área da saúde, o grupo de Ernesto Costa explora diferentes aplicações para estes algoritmos, aplicações essas que vão desde a segurança marítima até ao desenvolvimento de soluções de logística e de gestão de produção industrial.

“Recentemente trabalhámos num projeto em que o que se pretendia era determinar qual o tratamento ótimo em termos de radiação para doentes oncológicos. Contudo, esta informação pode ser usada para trabalhos em segurança marítima, por exemplo para encontrar um navio que se perdeu ou que propositadamente deixou de comunicar o seu ponto de referência, ou em projeto mais simples como a feitura de horários, ou o escalonamento da produção de uma empresa. Tudo isto aplicações do mundo real a que nós procuramos dar resposta”, salienta.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | FCTUC | Página Pessoal

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