Este estudo procurou conhecer de perto os bastidores dos Prémios Literários. Como funcionam? O que significam? Qual é o seu impacto?
Ana Gabriela Macedo, docente do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) e investigadora do Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM) da Universidade do Minho (UM) e coordenadora de um grupo de pesquisa em Género, Artes e Estudos Pós-Coloniais, coordenou o projeto “Prémios Literários: o Poder das Narrativas, As Narrativas dos Poder”.
“O projeto partiu um pouco da ideia de questionar a atribuição dos prémios um pouco na senda do que é isso do prémio literário e qual é o seu impacto, pensando desde logo nos prémios Nobel de algum modo conhecidos e reputados pelo impacto fundamental que têm nos países a quem são atribuídos”, explica.
Partindo do Prémio Nobel da Literatura, esta investigação começou por observar a incidência com que este prémio era atribuído a homens, ou a mulheres, e quais os seus países de origem.
“Queríamos trazer estas questões para os próprios manuais escolares, pensar se teria havido ou não alguma alteração do tipo de texto ou do livro que é considerado obrigatório e questionar até que ponto é que a literatura tem de facto algum impacto e algum poder no quotidiano, na transformação das mentalidades, na transformação dos modos de ver o Mundo e de agir sobre ele. De que modo o próprio poder, e quando pensamos em poder, o poder político, o poder hegemónico condiciona a literatura, nomeadamente, e as artes?”, questiona.
Este projeto deu origem ao livro “Prémios Literários. O Poder das Narrativas, As Narrativas dos Poder”, publicado pelas Edições Afrontamento.
Saiba mais sobre a investigadora em: ORCID | CEHUM
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