40% do pescado capturado é rejeitado no mar. Este projeto quer dar um novo rumo a estes peixes através do desenvolvimento de produtos capazes de valorizar a sua pesca.
Vera Sequeira, investigadora no MARE – Centro de Ciências do Ambiente e do Mar e no Laboratório de Biologia Pesqueira da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a desenvolver o projeto VALOREJET, um projeto financiado pelo MAR2020, cujo objetivo passa pelo aproveitamento, valorização e criação de novos produtos à base do pescado.
“O projeto VALOREJET nasce desta grande questão que tem a ver com a quantidade de espécies rejeitadas no mar pelos pescadores, diz-se que cerca de 40% do pescado capturado é rejeitado no mar. A rejeição pode ter vários motivos, um deles tem a ver com o facto da espécie poder não ter qualquer valor comercial e ser, por esse motivo, rejeitada. Por outro lado podem ser espécies que têm um baixo valor comercial e por estarem por exemplo a ocupar espaço no barco acabam também por ser rejeitadas”, explica.
A equipa de Vera Sequeira pretende com este projeto conhecer melhor seis espécies que foram selecionadas por não terem valor comercial ou por terem um valor comercial baixo.
As espécies em estudo são a Mini-Saia, o Serrão-Alecrim e o Rascasso-Escorpião, três espécies sem valor comercial, e dentro do grupo das espécies com baixo valor comercial vão ser analisadas o Carapau-Negrão, a Choupa e os Ruivos.
“Pretendemos não só conhecê-las melhor, como também valorizá-las e aproveitá-las da melhor forma possível, sugerindo e criando produtos com base em espécies deste género”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | MARE
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