Capaz de ser instalado em um manequim de ensino de suporte básico de vida, este dispositivo permite aos utilizadores em formação perceber o que estão a fazer bem, o que estão a fazer mal, e como melhorar as suas técnicas.
Abel Nicolau, bolseiro do Centro de Simulação Biomédica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e colaborador do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, desenvolveu o sistema CRPT (Cardiopulmonary Resuscitation Personal Trainer) com o objetivo de recolher informação capaz de melhorar o ensino e a aprendizagem de suporte básico de vida.
“Este dispositivo vai basicamente recolher dados através de sensores que nós colocámos em manequins comuns. A partir daí nós conseguimos ter diversas métricas e dar às pessoas o feedback sobre o que elas têm que fazer neste treino, se estão a fazer bem, ou se estão a fazer mal”, explica.
Para usar este sistema, basta ao utilizador entrar com as suas credenciais, pedir para iniciar o treino de compressões torácicas e ventilações e, posteriormente, quando acabar o treino, a aplicação devolve o feedback através de um sistema de pontuação.
“Ou seja, este sistema diz que a pessoa efectivamente fez isto bem e que fez aquilo mal, e convida a pessoa a fazer os procedimentos correctos de forma melhorada. Assim a pessoa vai perceber o que está bem e o que está mal e vai tentar corrigir ao longo do tempo”, acrescenta.
À medida que a formação avança, o sistema vai dar feedback ao utilizador sobre o progresso que ele está a fazer, e como está a melhorar ao longo do tempo.
Este sistema tem também como vantagem o facto de ser mais barato e mais simples de implementar que os dispositivos actualmente disponíveis no mercado.
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