Responsável pela destruição de três mil hectares de videiras na região do Minho, a flavescência dourada é uma doença de quarentena com um forte impacto na economia da região. Para a combater está a ser desenvolvido um sistema de monitorização com recurso a drones e a veículos aéreos não tripulados.
Esmereladina Sousa, investigadora do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), está a desenvolver um projecto em parceria com a tecnológica Tekever, para monitorizar a incidência da flavescência dourada no norte do país, de forma a erradica-la e a impedir a sua dispersão.
A flavescência dourada é uma doença que ataca as videiras, cujo nome surge do facto de as plantas infectadas apresentarem uma tonalidade dourada nas faces das suas folhas. Descoberta pela primeira vez em França no século XIX, esta doença é transmitida através de um insecto vector que se alimenta das videiras e que ao fazê-lo, deposita nelas um fitoplasma (Grapevine Flavescence dorée phytoplasma) responsável por causar esta doença.
É uma doença de quarentena sujeita a medidas de controlo europeias, e em Portugal está neste momento restrita à região do Minho.
O objectivo deste projecto é usar soluções tecnológicas com recurso a veículos aéreos não tripulados (UAV) ou drones para fazer a monitorização e a detecção da doença no terreno. Desta forma será possível realizar a detecção precoce da doença, antecipando as medidas de acção, e diminuindo o trabalho dos inspectores em campo.
Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | Researchgate | INIAV
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