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Ep. 61 Ana-Teresa Maia – Encontrar nas “bandeirolas” do ADN fatores de risco para o cancro da mama

February 14, 2017

ep061_interiorDeterminar de forma precoce a predisposição para o cancro da mama pode não só aumentar a taxa de sucesso no tratamento, como também reduzir a frequência com que as mulheres recorrem a exames mamários.​


Ana-Teresa Maia, do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina (DCBM) e do Centro de Investigação Biomédica (CBMR) da Universidade do Algarve (UAlg), está a desenvolver investigação sobre a predisposição e terapias preventivas para o cancro da mama.

“O nosso objectivo é tentar identificar as mulheres que estão em maior risco de desenvolver cancro da mama, assim como também identificar mulheres que têm um risco muito baixo para cancro da mama.” Para fazer isso, o seu grupo de investigação olha para o ADN completo, principalmente nas células da mama, em buscar de regiões específicas que estão associadas com um maior risco para o desenvolvimento de cancro.

“Andamos à procura de bandeirolas que nos indiquem onde estão as regiões associadas ao risco”, afirma.

Segundo Ana-Teresa Maia, é importante descobrir e estudar risco de forma a desenvolver métodos de cálculo preditivo eficazes e específicos para cada uma das mulheres na população: “Podemos elaborar testes que podem ser efectuados na clínica e ajudar na identificação dos grupos de risco, mas queremos também chegar à bandeirola e ir ver naquela região do ADN o que é que existe e por que é que aquilo está associado a cancro da mama.”

Perceber a biologia e os mecanismos que levam ao aparecimento do cancro é o primeiro passo para se desenvolverem terapias preventivas que, segundo a investigadora, podem ajudar a baixar a incidência. “Temos o objectivo de tentar que as pessoas nem cheguem a ter cancro, ou que se cheguem que ele seja detectado muito precocemente.”

Outra vantagem desta investigação passa também por adaptar a frequência obrigatória de realização de mamografias a cada mulher de forma individual, consoante o seu nível de predisposição. Ana-Teresa Maia explica que desta forma uma mulher com uma probabilidade reduzida de vir a desenvolver cancro da mama, poderia então realizar um número menor de mamografias ao longo da sua vida e, desta forma, não expor o seu corpo tão frequentemente às radiações emitidas por este exame.

Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedInResearchgate | CBMR

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