Extratos moleculares de plantas mediterrânicas e algas marinhas estão a ser testados em modelos animais de peixe-zebra para determinar possíveis aplicações na regeneração do esqueleto e no tratamento de doenças como a osteoporose e a doença de Paget.
Leonor Cancela, investigadora no Centro de Ciências do Mar (CCMAR) e docente na Universidade do Algarve, foca a sua investigação na evolução e desenvolvimento do esqueleto.
“Atualmente a nossa investigação incide mais sobre modelos de peixe, nomeadamente o peixe-zebra, que é um modelo biomédico. E nestes modelos temos essencialmente duas vertentes: utilizamos modelos de patologias humanas como a osteoporose ou a doença de Paget, ou utilizamos o peixe como modelo para identificação de moléculas com interesse biomédico ou biotecnológico”, descreve.
A investigadora recorre a peixes transgénicos que possuem marcações florescentes no esqueleto ou na cartilagem, de forma a observar com maior facilidade a evolução do tratamento a que estes animais são sujeito. “Temos modelos que permitem visualizar um aumento da mineralização ou que permitem visualizar uma regeneração do esqueleto”, acrescenta.
No seu laboratório, Leonor Cancela usa extratos que provêm de plantas ou de algas marinhas, e de plantas mediterrânicas, para identificar moléculas de interesse biotecnológico capazes de promover a mineralização ou a formação de osso.
“Temos também interesse na genética humana, relacionada com patologias como a Osteoporose ou a Doença de Paget. Temos toda uma vertente de análise de expressão de genes cuja mutação está associada ao desenvolvimento de várias patologias e para isso temos várias colaborações internacionais e também locais, com, por exemplo, o Hospital de Faro”, conclui.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | CCMAR
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