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Ep. 79 Ricardo Paes Mamede – Apoios de fundos europeus a empresas ajudam a criar mais e melhor emprego

March 10, 2017

ep079_interiorEstudo incidiu sobre empresas portuguesas que receberam incentivos europeus à inovação no âmbito do terceiro quadro comunitário de apoio (QCA III) que teve lugar entre 2000 e 2006.​


Ricardo Paes Mamede, Professor do Departamento de Economia Política do ISCTE e investigador do DINÂMIA'CET – IUL – Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica, verificou que as empresas que receberam apoio do Estado para o desenvolvimento e sofisticação das suas produções criaram mais emprego e emprego de maior qualidade.

“Portugal desde há vários anos que beneficia de fundos estruturais da União Europeia, boa parte dos quais é utilizada para apoiar empresas diretamente, isto é, proporcionar financiamento às empresas para que elas realizem investimentos para se desenvolverem. Uma preocupação que eu tenho é tentar perceber quais são os impactos destes financiamentos, até que ponto estes financiamentos cumprem os objetivos da política pública. Objetivos esses que passam por modernizar o tecido económico português e por tornar as empresas mais inovadoras, para que haja mais criação de emprego e criação de melhor emprego”, descreve.

O investigador olhou para o período do terceiro quadro comunitário de apoio, que teve lugar de 2000 a 2006), com o objetivo de perceber até que ponto os apoios que foram dados para financiar projetos de investimento das empresas deram origem a emprego mais qualificado.

“Até que ponto as empresas apoiadas geraram postos de trabalho com maior estabilidade contratual, com horários de trabalho normais, com salários acima da média, tentando comparar as empresas que foram apoiadas com empresas que não foram apoiadas que sejam tão semelhantes o quanto possível às primeiras e isto permite-nos de alguma forma, estimar o impacto da política pública”, conta.

Para Ricardo Paes Mamede, um dos aspetos mais interessantes deste estudo é o facto destes apoios não visarem diretamente a criação de emprego mas sim a renovação, inovação e expansão das atividades produtivas das empresas.

O investigador conclui que quando o Estado apoia empresas que estão a tentar tornar mais sofisticadas as suas produções, estas não só criam mais emprego mas também emprego de maior qualidade.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedIn | Researchgate | ISCTE

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