A computação quântica é muito sensível e a menor interferência pode gerar ruído que compromete os resultados.
Alexandra Ramôa, investigadora no Grupo de Computação Quântica e Ótica Linear no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), está a estudar soluções para reduzir os efeitos do ruído na computação quântica.
“Imagina que tens um conjunto de baús e um desses baús contém um tesouro. Como é que nós podemos encontrar o tesouro? Podes pensar que a nossa melhor e única estratégia é abrir os baús, um a um, até conseguirmos encontrar o tesouro. Mas com a computação quântica nós conseguimos fazer melhor. Antes de abrirmos um baú, nós conseguimos aumentar a probabilidade de ele conter um tesouro. Eu sei, parece magia, mas não é, é ciência”, explica.
Continuando com esta analogia, a computação quântica permite de forma rápida também contar a quantidade de tesouros que existem numa série de baús.
Tarefas como contar e estimar o número de objetos numa série são extremamente úteis em campos como a farmacêutica, a área financeira, e no desenvolvimento de sensores.
No entanto, segundo Alexandra Ramôa as máquinas quânticas atuais ainda não são capazes de fazer isto porque sofrem demasiado com ruído e outros problemas.
Nesse sentido, a investigadora está a combinar computadores quânticos com computadores clássicos no sentido de reduzir esse ruído e de tentar trazer a computação quântica mais próxima de aplicações no mundo real, trabalhando em regimes em que o ruído não destrua os resultados das operações.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin
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