Os Mobs, ou monobodies, são proteínas de ligação que atuam como anticorpos.
Diana Lousa, investigadora no Laboratório de Modelação de Proteínas do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB NOVA), está a co-coordenar o projeto EvaMobs, com o objetivo de desenvolver estratégias para travar a próxima pandemia.
A pandemia de SARS-CoV-2, o vírus responsável pela COVID-19, demonstrou que o Mundo, e a Europa em particular, precisa de estar melhor preparado para responder a este tipo de eventos.
Como não sabemos qual é o organismo que causará a próxima pandemia, precisamos de ter estratégias que sejam abrangentes o suficiente para poder responder a uma pandemia, independentemente do organismo que a cause.
Como é muito difícil ter um medicamento ou uma molécula que possa ser usada para qualquer vírus, o projeto EvaMobs propõe o uso de umas moléculas conhecidas por monobodies, ou Mobs, que são pequenas proteínas semelhantes a anticorpos.
Estas proteínas têm a característica de se conseguirem ligar a diferentes alvos. Neste projeto estão a ser usadas técnicas de inteligência artificial e métodos computacionais que permitam prever que alterações têm que ser feitas a estas moléculas para que elas se consigam ligar à proteína do vírus, seja ele o SARS-CoV-2 ou um novo vírus ainda desconhecido que os cientistas chamam de vírus X.
Desta forma, será possível usar os Mobs para responder de forma rápida ao novo vírus, reduzindo o impacto que este poderá ter na população.
O projeto EvaMobs: Evolvable and rapidly adaptable monobodies: a broad-spectrum antiviral platform é financiado pelo programa Horizonte Europa, e co-coordenado pelo investigador Cláudio Soares.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ITQB NOVA
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